11 de novembro de 2015

Mesmo Livro Aberto


Fecho os olhos...mesmo com o quarto escuro.
Conto cada ponto das incertezas pintadas no teto
E reconto cada ponto pra quem sabe achar o número mágico.

Fecho os olhos...reclino a cabeça e faço uma pequena oração.
O papo é reto com Deus, não preciso de intermédios.
E reconto cada passa pra quem sabe achar o início de tudo.

Abro os olhos...e enxergo uma luz no final do túnel.
Ela pisca pra mim e fala coisas que não entendo.
Sabia que não deveria ter faltado as aulas de código morse.

Abro os olhos...levanto a cabeça e grito em silêncio.
O som é ouvido apenas pelos anjos e demônios que brigam no quarto.
Sabia que o som do gongo vinha de algum momento conhecido.

Um momento para a música mais foda de todos os tempos.
Amanhã escuto outra e o título muda de dono.
Um momento para a foto mais linda de todos os tempos.
Amanhã eu tiro outra para o seu álbum infinito de bom gosto.

E entre a insônia da madrugada e o sonhar acordado do dia.
Sobrevivo a mais um dia em meio a sonhos, planos e vontades.
O que se passa do outro lado? Mistério indecifrável e é melhor assim.
O que se passa do lado de cá? O mesmo livro aberto com uma nova página em branco.


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