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Em uma década onde bandas vem e vão com a mesma facilidade que as novidades na internet, o CPM, que começou lá no hoje famoso underground hardcore paulista, enfrentou a desconfiança de muitos, inclusive desse que vos fala. Lembro bem que a impressão errada foi apagada após um show no saudoso Hangar 110.
E de "A Alguns Quilômetros De Lugar Nenhum" (2000) a "Depois de um Longo Inverno" (2011), temos uma banda que está consolidada na história por juntos com bandas como Detonautas, O Rappa e Charlie Brown manteve acessa a chama do rock para as novas gerações. Um rock de urgência, como o hardcore pede. Com letras nem sempre com uma profundidade apurada, mas que atraiam o molecada justamente pelo papo reto, pelo discurso sem curva.
Afinal de contas, todo adolescente sonha, se apaixona, se decepciona e se levanta com a mesma intensidade e sempre de forma inconsistente. E as letras do CPM sempre transmitiram isso.
Só que o tempo passa e as pessoas amadurecem e isso é o mais bacana desse projeto...perceber o quanto o tempo passa e as pessoas apesar de mudarem, nunca perdem sua essência. Em resumo, esse é o acústico CPM 22, que mostra que o rock brasileiro tem sim salvação com qualidade e acima de tudo, maturidade.
Lançado no último dia 15 pela Universal Music, o acústico CPM 22 conta com a participação do agora ex-Dead Fish, Philippe Fargnoli em um dos violões, Daniel Ganjaman nos teclados/piano e também na produção e Dinho Ouro Preto nos vocais da música "Um Minuto para o Fim do Mundo".
Com vocês a música que mais me surpreendeu no quesito arranjo e uma das minhas preferidas lançada originalmente no disco Felicidade Instantânea, quarto disco da banda de 2005.
"Se é irreversível para mim
Então é irreversível pra você
Se tudo tem que ser assim
Então deixa ser."
Letra aqui
