30 de junho de 2015

Resenha | A Escolha Perfeita

Quando a primeira impressão com uma coisa é algo bom...
...é inevitável que aquilo te persiga por um bom tempo e às vezes você só entende o porque quando abaixa a guarda e aproveita o momento.

É a exata descrição do que senti ao final da exibição de "A Escolha Perfeita". Tudo começou quando vi a primeira apresentação da Anna Kendrick no programa do David Letterman, lá em 2013 e descobri a versão da música When I'm Gone, música do tradicional grupo de folk americano chamado Carter Family, onde ela canta usando um copo como percussão.

A música foi regravada em 2009 por um grupo chamado Lulu and the Lampshades, virou viral na internet e e foi esse o vídeo que a moça viu para inspirar sua performance no filme:

Não dá pra negar que é bem legal e se você viu a entrevista dela, ouviu da moça dizendo que não estava nos planos que a música foi executada no filme. Mas os produtores viram ela fazendo isso (pule pro 01:18)...

...e acharam que ficaria legal no filme! Se ficou? Pra caralho!

A entrevista completa pra quem quiser ver está aqui e é bem bacana, vale a pena e sim, você vai achar  Anna Kendrick adorável! Ah é, tenho que falar sobre o filme certo? Certo!
Vamos lá, o roteiro é algo muito simples e sim, você já viu esse filme em algum lugar (estou meio preguiçoso pra filmes complexos, eu sei) e é o típico filme pra se divertir se compromisso em uma noite de sábado fria onde você não vai ter nada melhor pra fazer (sim, era o meu cenário...rs).

Beca (Anna Kendrick) é uma jovem que está entrando na faculdade e busca encontrar a sua identidade e uma oportunidade de mostrar o seu talento com aspirante a DJ. Contra a vontade do pai  (John Benjamin Hickey), insiste em ser a rebelde sem causa que após o desafio do pai, resolve se dar uma chance ao que a faculdade pode lhe oferecer. Após algumas tentativas frustadas de amizades, consegue uma vaga na The Barden Bellas, um grupo de canto a capella só de garotas da Barden University que há tempos canta o mesmo repertório e tenta fazer o mesmo sucesso que The Treblemakers, o grupo a capella só de garotos da mesma faculdade.
Pra quem não conhece, a capella é um gênero onde as canções são entoadas apenas com a utilização das vozes dos integrantes de cada grupo. E o filme se apega nesse apelo que virou febre na internet e o utiliza de maneira bem honesta e sem esconder que esse é o personagem principal do filme. Junto é claro, com os já também famosos mashups (segunda a Wikipédia: canção ou composição criada a partir da mistura de duas ou mais canções pré-existentes, normalmente pela transposição do vocal de uma canção em cima do instrumental de outra, de forma a se combinarem.).

Voltando ao filme: após a reformulação do grupo, logo os conflitos entre a atitude "moderna" de Beca e o conservadorismo do repertório das Bellas, liderados (até então) por Aubrey (Anna Camp) colidem. Em meio as discussões de repertório, a história vai acompanhando a evolução do grupo e seu relacionamento, rumo Campeonato Regional de Música. Em uma outra ponta, que infelizmente fica solta, temos embate entre Beca e seu pai sobre o futuro da garota e pra fechar, o romance "proibido" entre a moça e Jesse (Skylar Astin), também novato na faculdade e que entra no grupo rival já citado.
E é isso. Tomando como base esse roteiro, escrito por Kay Cannon com base no livro de Michael Rapkin, o filme usa em seu repertório músicas recentes com alguns hit singles das décadas de 80 e 70, para conquistar um público variado e o humor é o típico das comédias de adolescente. E isso funciona de uma maneira incrivelmente bacana! O filme diverte muito e consegue arrancar boas risadas, boa parte graças a atuação de Rebel Wilson em que pontua o filme com piadas e frases certeiras como Fat Amy.

A lembrança do seriado Glee é inevitável, mas não há como comparar, já que as propostas são totalmente diferentes. O filme tem alguns defeitos, mas as qualidades salvam o filme de um desastre e cumprem o seu papel de maneira aceitável. E não esquecendo de mencionar o meu respeito por um filme que presta homenagem a um dos filmes mais bacanas de todos os tempos: Clube dos Cinco!

E você gostando ou não, não dá pra dizer que isso não é bonito de se ver:

No mais, com um elenco de apoio que segura a peteca, onde destaco a participação de Christopher Mintz-Plasse durante as audições a dupla de comentaristas interpretados por John Michael Higgins e Elizabeth Banks (que também produz o filme) e não deixa o filme sair pela tangente. No final, como já falei, é uma boa diversão...e afinal de contas, não é pra isso que servem alguns filmes?

A continuação, no momento que escrevo esse post, já é suceso lá nos EUA (aqui no Brasil estréia Agosto) e a terceira parte já está garantida pelo estúdio. Bora então afinar as vozes e se preparar pra mais cantoria.

Avaliação do Alter Ego:






Trailer:

Ficha Técnica:
A Escolha Perfeita (Pitch Perfect) - 2012 - EUA - 112 min. - Comédia / Musical
Direção: Jason Moore
Roteiro: Kay Cannon (filme), Mickey Rapkin (autor do livro)
Elenco: Anna Kendrick, Skylar Astin, Anna Camp, Brittany Snow, Rebel Wilson, Elizabeth Banks, Ester Dean, Hana Mae Lee, Ben Platt, Alexis Knapp, Adam DeVine, John Michael Higgins
Site Oficial: www.aescolhaperfeitafilme.com.br
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