A busca incessante pela fama?
Uma coisa tenho que dizer antes de que começar esse texto. Na verdade é um aviso: Brüno (Sacha Baron Cohen) é o tipo de filme que mesmo gostando, você vai sentir nojo dele. Tenha algumas qualidades como muito senso de humor (negro?), total conhecimento do que significa "mensagem nas entrelinhas" e o mais importate: esteja preparado para os maiores absurdos que você já assistiu. E ainda assim é muito bom!
Me disseram, e li também, que seria legal assistir Borat (2006). Pois esse novo seguiria a mesma linha "sem noção" do filme do segundo melhor reportér do Cazaquistão. Pretendo vê-lo nessa semana.
O lance de Sarah Baron Cohen (ator que além de Borat é "pai" também de Ali G, o "rapper" do clipe Music da cantora Madonna) é pegar o dito estereótipo e elevar até o máximo. Na verdade ele deixa explodir na cara do telespectador sem prêvio aviso. Por isso é muito importante ter aquelas qualidades que falei acima.
A história é sobre Brüno, fashionista austriaco que tem em Hitler seu maior exemplo de alcance da fama (??!!!!) e decidido a ser a mais nova estrela do mundo, ele vai atrás do seu sonho. É ai que mora a graça do filme. Se você é daqueles que adoram a sessão "Caras", vai ficar muito ofendidos, pois todas as recentes formas de se conseguir a fama instantânea são expostas sem filtros (alguns talvez). Ah e o mundo da moda também.
E em busca dessa fama, após o fracasso na Europa, Brüno vai para a cidade dos anjos, Los Angeles. Para quem entende a piada, é sensacional ver ele e seu agente/assistente Lutz (Gustav Hammarsten) buscando a fama de forma muitas vez escrota. Pode parecer algo com um "Jackass" da vida, mas a graça toda está no modo como a coisa é mostrada.
Brüno acredita que ficará famoso com suas danças ridículas, a exposição naturalista, programas sem conteúdo, sendo sequestrado por terroristas (e indo até eles fazer o pedido), adotando um bebê negro do "país chamado África". E os absurdos se seguem. Talk-shows, visitas aos famosos, reality shows, todos são jogados na salada insultadora de Cohen de uma forma tão inteligente que o público acredita muitas vezes na verossimilhança daquilo tudo. E as risadas se sucedem tanto pelas situações engraçadas quanto pela indignação por aquilo tudo.
Em alguns casos claro temos o roteiro sendo seguido. A estrutura de quase documentário é bacanda e também quase uma "referência" ao recentes sucessos de câmera na mão. O final é tão "chocante" que percebi que para alguns, dos poucos na sala de exibição, foi quando caiu a ficha de que aquilo tudo era mais uma grande pegadinha. Bono, Sting, Snoopy Dog, Chris Martin, Elton John que o digam.
Brüno nunca passará na Globo. É um filme para poucos. Ainda bem.
Ficha Técnica:
Brüno (Brüno, 2009, EUA) - 83 min - Comédia/Documentário
Direção: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Mazer, Jeff Schaffer
Elenco: Sacha Baron Cohen, Gustav Hammarsten, Clifford Bañagale
Realmente esse filme é de rolar de rir, fui ao cinema com um amigo e nunca rimos tanto, eu recomendo principalmente por uma cena em especial uma que ele leve uma baita surra ...
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