E nesse ano...

Último dia do ano.
Mais um se não fosse o último.
Talvez por isso tantos arrependimentos,
tantos murmúrios,
vindos daqueles que não souberam lidar.
Problemas, discussões, insinuações.
Dívidas, bebedeiras, brincadeiras.
Pegadas, levadas, transas.
Um beijo e tudo muda.
Um abraço.
Um olhar.
Um carinho.
A velocidade com que tudo passa.
Saudade, falta, desprezo.
E novos recomeços todo dia em que se acorda disposto.
Se hoje o gosto é amargo, e se amanhã for pior, um dia o mel afaga e salva os lábios da secura.
E mata a sede de coisas boas.
E mata o desejo de uma gozada a toa.
O segredo é não saber de nada.
Porque sempre se desaprende tudo o que sabia ontem,
pra descobrir de novo a essência do que é vida.
E com tudo isso concluo que nesse ano...o que importa é que estou vivo.
Agradecendo aos que me amam.
E amando os que se preocupam.
Assim deixo de lado o que não benéfico.
E me benefício das boas energias, bons fluídos, energias cósmicas.
Só aquilo que me fizer perder o fôlego.
O descartável, reciclarei.
O desprezível, observarei.
E com as armas da verdade e honestidade,
ensinamentos de meu pai (que Deus o tenha)
Seguirei com os que correm do meu lado.
E nesse último ano, aprender a levantar.
Aprender a perdoar,
pedir desculpas.
Reaprender a amar.
Amar meu filho, meus amigos.
E porque não o meu umbigo?
E que a brisa leve embora.
E que a água lave toda a sujeira.
Ano novo, mas a vida é a mesma.
E que a luta seja justa.
Prometo a mim mesmo não desistir.
E com o melhor de mim, em mim, pra ti,
recomeço e início mais um capítulo.
Tão lindo, sincero e belo quanto.