15 de abril de 2011

Retina

Olhares perdidos.
Sorrisos sem graça.
Respiração dificultosa.
Os pingos anunciam uma chuva que não virá.
As pessoas no ponto aguardam um ônibus lotado.
Flutuando sobre a água uma brisa passageira.
Mais palavras a toa sendo enviadas em papel carta de primeira.
Outra vez tinha sido o verde da grama.
Dessa vez é o azul dos olhos.
Amanhã, o cinza do céu.
O amarelado da cerveja.
A vermelhidão do sangue que escorre de forma banal.
As cores queimam a retina.
A pequenez da vida.
A queda que machuca.
A mancha.
Promessa.
O tempo mais vez acaba...
nada além do que já se esperava...
nada...

...escrito em 04/02/11
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