É muito engraçado ficar um tempo fora do mundo internet. Engraçado porque ao mesmo tempo em que o fluxo de informações não para, ao mesmo tempo, alguns dogmas do mundo real, existem tão ou mais fortes do que no mundo offline.
E sempre que temos algum evento, acontecimento, fato em evidência, o barulho que é feito na internet (leia Redes Sociais), me faz pensar em como temos muito ainda o que discutir/aprender.
Ontem, vendo o show do Coldplay (muito bom, diga-se de passagem), e as várias reações da rede, me propriciou uma vontade de falar sobre um assunto que não pretendia tocar aqui no blog. Até porque, sou um cara de gostos tão ecléticos quanto a mistureba proposta pelo Sr. Medina.
Gostos musicais a parte, o fã não tem a noção de quanto é gasto pra organizar uma parada dessas. E mesmo com um set up fodástico de bandas de rock, é uma Ivete Sangalo que vai pagar duas, ou até três bandas gringas!
Parece exagero, mas é a mais pura realidade. O show bizz não permite erros, falhas. E mesmo nada sendo perfeito (e até porque, não to acompanhando muito), o Rock In Rio é o exemplo de que é a mescla de estilos que faz uma grande festa acontecer.
Até porque, para termos "um mundo melhor", o entendimento entre as diferenças é necessário.
E se bem entendo o que é o rock, nada mais do que o "ir contra a maré". E ir contra a maré do mundo atual é justamente unir pessoas. A internet nos dá a ilusão de união, mas porra, nada mais bacana do que tu ver as pessoas.
Música é sentimento e o sentimento "artificial" da internet não pode ser trocado pelo contato, pelo visual (não dá webcam), pelo cheiro, pelo gosto. E o rock, em sua essência, é contato. Ver bandas, que ganham milhões, tocando com vontade de uma banda principiante, me faz pensar que algo ainda tem salvação.
Se o Rock In Rio é o que vai fazer o mundo acordar para um mundo melhor, isso não se sabe. Mas sei que se tem alguma coisa que vale a pena preservar é o respeito. Tendo isso, independente se você gosta da Rihanna ou do Slipknot, estaremos no caminho certo....certo?