Talvez seja a highway intensa de pensamentos
que me mantem acordado.
E às vezes demoro pra entender coisas tão simples,
como tempo, brigado e biscoito.
Talvez seja o café em excesso
durante o expediente.
E às vezes demoro pra acordar
mesmo depois de uma garrafa inteira, que besteira.
As luzes da noite de repente
ficam mais nítidas, vívidas.
Se o pior cego é o que não quer ver,
tenho a certeza que estou vendo até demais.
Irreais as ideias de quem ainda
nem bebeu o primeiro gole
Bem real o gosto que se sente
após o primeiro gosto do néctar.
Estranho como o natural sempre parece meio forçado
depois que se vive o sonho.
Estranho como o forçado sempre naturalmente
age de maneira mágica.
Quando se há vontade, quando se há verdade
e quando se permite que seja real.
Simples vontade que emana de olhares,
palavras e pensamentos
Que voam perdidos na metrópole,
outrora cinza e agora de novo, iluminada.
Não, não se acendem todas as luzes do palco antes do espetáculo principal.
E assim como é intenso o receio, o medo
e porque não, o controle,
É verdadeiro que intenso mesmo,
será o show que será apresentado.
E a platéia espera ansiosa pelo click que o interruptor fará (quando começa?).
Sem interpretações,
apenas reações sinceras aos pedidos que da natureza que clama...
Talvez seja a highway intensa de pensamentos
que me mantem sonhando.
E às vezes demoro pra entender coisas tão simples,
como acordar, desejar e falar.