Teve aquele dia, aquele dia em que eu fiz uma lista com uma porção de coisas para fazer um dia com você (parei agora, vou pegar o fone e colocar uma música, o texto flui melhor assim).
E lembrei das risadas, das promessas e de como nada deu certo. Mas não é algo que lembro como algo ruim.
Se cada lembrança que tivesse fosse tão boa quanto aquelas madrugadas em que você me xingava por eu ter ido dormir sem dar tchau, ou, quando a coisa esquentava e o sono ia embora, porra, mudaria todas elas agora, nesse momento.
Mas nem tudo são coisas boas...e olha, ainda bem! Conforme estou ficando mais velho, parece que a maturidade via me mostrando que cada vez mais tenho que dar valor a momentos como esse.
Planos de ir comer pizza, mesmo que seja aquele fria do outro dia. Aquele que pudêssemos esquecer em cima da mesa da cozinha. Ir comer comida japonesa naquele restaurante bacana e acaba com metade do salário só pra ter algumas horas de prazer culinário, sem culpa.
Uma parada estratégica naquele bar que fica perto de casa, mas que vende uns vinhos muito bacanas. Pelo calor, talvez ela prefira um suco, ou uma breja gelada...cerveja!
O domingo de manhã é preguiçoso, e já que não tem TV a cabo na do quarto, acordo com ela jogando vídeo-game. Ok, deixamos o passeio pra semana seguinte. A Paulista sempre estará por lá, não é? Corro na feira e compro os mantimentos do dia: pastel e caldo de cana pro dia preguiçoso.
"Netflix agora?" - pergunta com aqueles olhos tipo o gatinho do Sherek...vamos lá! Maratona e soneca.
Sentada na poltrona, lendo aquele livro do Neruda que ela tanto ama. Pergunto que horas são, ainda dá tempo de tocar aquela canção no violão...aquela que estou aprendendo agora (sim, minha irmã já me xingou...rs).
O resto da noite daquele final de semana...fica em sonhos martelando a todo momento. Em palavras que não foram ditas, em fôlegos que não foram perdidos e sentimentos que não foram esquecidos.
E ainda me perguntam porque guardo boas lembranças...