Um clique, dois, três...teclados iluminados durante a madrugada. Agora? Daqui cinco minutos? Rapidinhas mentais em frações de segundos. Sinal verde, onde? Sinal vermelho, mas não era agora? Cinco minutos?
As buzinas cada vez mais constantes. O trem partiu agora, mas você não pode esperar só dois minutos? É a cobrança do chefe, é o chefe do chefe e o filho do chefe. A professora na faculdade, no curso de língua. Sinal amarelo, pra que serve mesmo?
É estranho esse lance de parar em meio a tanta correria. Em meio ao caos, respirar é uma arte. Em meio ao caos, olhar para o lado, raridade. Clica, aperta, passa, levanta, chega, bate, acorda, dorme. E a vida passa bem mais rápido do que aquele super-herói que você já sabe o nome.
O que valeu a pena? Passar pela vida ou passar a vida vivendo algo?
Mas já se passaram muitos segundos em meio a tudo isso que preciso fazer em menos de 05 minutos. Tic, tac...o relógio é aquele quem dita. Dita os sentimentos, as palavras ditas e também aquelas que devem ser lidas. Dita sentimentos e dita também aquelas besteiras jogadas ao vento. Mas não há tempo para arrependimentos e somente vazio.
Um clique, dois, três...e o teclado apaga já que não temos mais tempo. O que resta são apenas segundos para que o coração bata mais uma vez, mesmo que em meio a falta de ar para que se respire algo novo. Não há mais tempo, entenda isso. Engula agora a comida, tome um "banho de gato" e prepare-se para viver cada vez menos e aproveitar o tempo que já passou.
Pare de ler esse texto agora, esse segundos não são mais tão preciosos assim.
O que importa agora é alcançar o relógio, deixar que ele corra por mim, por você e todo mundo. Todos atrasados para que tudo acabe, em mais um, dois, três segundos...fim.