19 de abril de 2016

Sobre O Que Ando Lendo (e Sentindo)

Estou lendo bastante nos últimos dias e uma das coisas que mais me impressiona/assusta é a quantidade de pessoas que assim como eu, tenta achar um rumo em meio a tanto caos. Esse caos que nos nossos dias de rotina chata e careta, fazem com que esqueçamos qual o verdadeiro sentido dessa vida.

Nada mais é novidade, nada mais é surpresa. Estamos tão acostumados com tudo que dá errado, que quando dá certo, não se sente mais a mesma emoção. São raros, tais como os cometas que se mostram em nossa superfície, os momentos de encantamento.

Muito disso é nossa culpa: compartilhamentos, curtidas, snaps, chats e outras tecnologias estão acabando com a nossa alegria de ficar feliz pela alegria alheia. O vazio que encontra refúgio em palavras sem sentido, ou “roubadas” de autores que nem sempre assinam a autoria, e que os sorrisos muitas vezes disfarçam lágrimas que são derramadas nos travesseiros ou mesas de bar.

Empatia. Essa palavra é algo que vejo morrer dia após dia e quando me deparo com pessoas que pensam do mesmo jeito que eu penso  - aquele jeito bobo e sincero que todos sabem – me agarro a elas e chamo de amigos.

Aos que aceitam, a festa é certa. Aos que se assustam, só me resta lamentar pelo fato de que estão perdendo a oportunidade única. De viver, de crescer, compartilhar experiências, entender pontos de vista. Não, não precisa ser meu/minha amigo(a). Você tem ai do seu lado, ou na sua rotina, na sua vida, alguém que pode te trazer tanta novidade, tanta coisa boa, tanto ensinamento.

Permissão. Essa palavra é o que falta para que as coisas possam ser melhoradas. Se permitir ao novo, ao velho, ao diferente e ao estranho. Sim, estranho. Se fechar em uma concha e acreditar que o seu certo é o certo é o maior erro que estará cometendo com aquela criança que um dia sonhou em ser astronauta ou modelo em Paris.

São sonhos que morrem em meio ao entulho que vamos acumulando em nosso coração e nossa alma e que nos prendem em meio a um nada e um vazio que causam tanta insatisfação, tristeza e necessidade de ser visto, de ser entendido.

Carência. Essa é uma palavra que está ali escondida debaixo da cama. O verdadeiro bicho papão do século XXI não está retratado nos filmes de verão que assustam adolescentes curiosos.

É, por isso que sinto que o caminho certo sempre será aquele em que a emoção ganhar da razão. Podem julgar como errado, mas sentir é a prova máxima de que se está vivo! Que ainda existe um coração que busca algo de bom. Que busca o bem, seja por um obrigado ou um bom dia para o cobrador do ônibus.

Respeito. Palavra que precisa com urgência ser aprendida por todos. Respeito com as diferenças, com o outro e com você mesmo. Se é utopia esperar que as coisas um dia sejam dessa forma, faça sua parte e não deixe de reclamar. Só não deixe de correr atrás do que aquela criança sonhava, mesmo que seja ir até as estrelas com um sentimento que te dá a prova de que existe vida nesse planeta ai dentro.




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