4 de janeiro de 2010

Com sono ou cervejado?

Domingo, trabalhei igual a burro. Na verdade, nunca trabalhei tanto na minha vida. Tudo bem, pobre tá ai pra sofrer mesmo. Talvez seja a sina, igual a fila (e brasileiro adora uma!). Trabalhar, não ganhar lá essas coisas, ficar cansado, estressado, não aproveitar as coisas boas da vida e quando se olhar no espelho, 50 anos depois, já foi.

Me lembro do filme Antes de Partir e daquela lista de "coisas a serem feitas antes de morrer". Pra quem tinha o dinheiro do personagem de Jack Nicholson, fica fácil. E pra quem ganhou na Mega da Virada também...ou não?

Revendo algumas fotos, me lembro que essa busca pelos milhões e cifrões não fazia parte do sorriso fácil e sincero (de quase todos) que estavam naquelas fotos que olhei. Por mais que nossas vidas sejam difíceis, complicadas, sempre tem alguém que vem e nos mostrar o quão babaca somos de ficar reclamando, certo?

Me lembrei também da novela que tá passando ai, Viver a Vida. Confesso que assisti no último sábado e apesar de não suportar ver o quanto Manoel Carlos enfeita o pavão, tenho que dar o braço a torcer pelo esforço da atriz Alinne Morais que tá se entregando pacas pra passar uma mensagem legal com o papel da super modelo que ficou paralítica. Acho que é legal, principalmente pra galera que viaja nas novelas globais, e que acabam transformando suas vidas em verdadeiras obras de horário nobre, o quanto é foda ficarmos reclamando enquanto temos um trabalho, uma casa, liberdade pra ir e vir. E isso é válido. E olha que pra falar bem de novela da Globo é um esforço tremendo hein...mas nada como reconhecer coisas boas, certo?

E voltando as fotos, e bebendo uma gelada (faz um tempo já), me lembrei também de como tudo passa muito rápido. De como tudo é efêmero. De como a vida passa e lutamos todo o tempo contra o tempo que não nós dá tempo de pensar. E é sempre um vai e volta nessa montanha-russa chamada vida que se você aproveitar aqueles minutos preso no trânsito, vai reparar o quanto perdemos tempo com o nada.

Porque falando em nada, temos aquele nada que nos acrescenta. O ócio tão bem-vindo nos momentos em que nos encontramos naquele labirinto de espelhos e somos nós, com nós mesmos. Talvez tirar o tudo do nada seja a nossa maior aventura, enquanto estamos por aqui.

E o valor que o nada ganha, pode ser grandioso. E aproveitando o que a natureza te entrega, fica mais fácil ainda.

Falando em Gaia, me lembrei dos recados que ela anda dando. Do espaço que a natureza perdeu, e está reivindicando. A tristeza toma conta ao olharmos as trágedias que estão tomando conta, mas se pensarmos um pouco, quem causou tudo isso? Será que não estamos apenas sendo cobrados por anos e anos de aluguel do nosso planeta, no nosso ninho? Com certeza é algo a ser pensado. Já deveriamos, porque infelizmente, ao contrário das produções hollywoodianas, não teremos o botão de pause quando tudo estiver ruindo.

E juntando o pobre, o filme, a lista, as fotos, os sorrisos, a falsidade, a novela, a cerveja, o tempo, o tudo, o nada, a natureza, a tristeza e o controle remoto...o que temos?

Não sei o que é pior folks, escrever lutando contra o sono ou bêbado. Como tudo na vida, a escolha é só minha. Qual é a sua (post não patrocinado pelo Terra, ok!)?
Feed
Assine o Feed do Desventuras para acompanhar o blog no seu agregador favorito, ou receba gratuitamente todos os posts por e-mail

Deixe o seu comentário: