Pra onde ir? hahahahaha |
Agora, as respostas não mais vem de forma fácil e a vida adulta tomou conta e já era. E após o meu segundo dia dos pais, resolvi voltar a ativa no Desventuras, afinal de contas, tanta coisa aconteceu, e relembrando aventuras (e desventuras?) desse ano que nem ainda terminou, sei que nada mais será o mesmo. Afinal de contas, tudo muda de novo e já mudou de novo.
Peço desculpas a quem acompanha. Estou me sentindo totalmente perdido sem internet em casa. Filmes que não vi, livros que não li, músicas que não ouvi. E é engraçada a minha contradição pois em casa, não sinto muita falta. A arte da adaptação é algo que o ser humano faz de melhor não é? E essa mistura de sentimentos, essa contradição tão bela, se faz presente na minha vida nesse momento. Um momento em que tudo parece flutuar ao meu redor. E assim como um surfista, espero a onda certa pra dropar. Onde ela vai me levar? É uma das questões que não quero mais tentar responder, e nem perder tempo buscando por respostas. Elas são inúteis agora.
O melhor de tudo é saber que não piro mais com coisas que antes eram tão importantes. A ordem dos fatores está sim afetando o produto. As prioridades são outras. Minha vida é outra. O meu umbigo não é mais o único que deve ser observado e cuidado.
Depois do nascimento do meu filhote, aprendi que nada na vida acontece em vão, certo? São 6 anos entre o falecimento do meu pai e o nascimento do meu filho, e parece que daqui a 20 anos vai ser só disso que vou me lembrar. Não desprezando claro tudo o que aconteceu. Os amigos que ganhei nesse intervalo, são daqueles que levarei para o resto da vida. Se vocês estão lendo isso, saibam que vocês foram essênciais. Os amigos que perdi, só provam que amizades sem uma base solída, são tão efêmeras quanto a moda emo que nos assola hoje em dia. Afinal de contas, as verdadeiras sobrevivem independente de distância, tempo, diferenças e etc e tal.
E assim como a moda, pode ser que daqui a 9 meses eu renasça de novo. Afinal de contas, ser uma metamorfose ambulante é o que nos mantem vivos. É o que faz um sorriso, uma palavra, um olhar, valer a pena. Infelizmente é a dor que nos faz lembrar que estamos vivos. E admito que nunca estarei pronto para a próxima queda.
Fato é que a vida está me deixando cada vez mais prático. Frio talvez para algumas coisas que antes cuidava com todo o calor do mundo. Coisas que antes eram certas, hoje não são nada. E essa quebra de dogmas está fazendo com que a vida tenha um outro horizonte. Pensei em jogar tudo pro alto, mas seria muito fácil. Legal é ir em frente e sei hoje quem tá do meu lado.
Ao ver meu filho, tenho a certeza de que a cada sorriso dele, minha vida começa de novo. A cada encontro com meus amigos, sei que estou bem acompanhado. Cada vez que chego em casa, sei que tenho um porto seguro perante a loucura da rotina. A cada show, a cada ensaio, descarrego tudo de ruim que absorvi. E com esse post, reativo o Desventuras assim como acordo de um período de sono. Sonhos e pesadelos se foram. E digo pra mim mesmo: "Bem-vindo ao mundo real!".