Desculpa se não acredito em correntes,
Talvez apenas as marítimas.
Desculpa se não acredito em confetes,
Talvez apenas aqueles que posso comer.
Desculpa se não tenho mais paciência,
Talvez apenas com meu filho que cresce.
Desculpa se não dou mais audiência,
Mas esse roteiro fui eu que escrevi, e me cansa.
E depois de tanta lambança, a criança talvez cresça.
Não, não apareça para não ser vidraça.
Talvez você não aguente as pedradas.
Talvez você saia correndo e não repare na perda.
Parei agora de pedir desculpas, elas são inúteis.
Afinal de contas, ouvir só o que convém é algo comum para hoje.
O cardápio do dia acompanha fritas e soda diet.
Apesar de ser uma terça, estou no clima da segunda.
Descansa em algum lugar de calma, a minha alma.
Amiga solidária, solitária, desgarrada, bastarda.
Procura abrigo em sorrisos e palavras amigas.
Desculpa, mas elas não virão agora.