13 de junho de 2009

Desventuas #002 | Deixar ou não deixar a tomada protegida?

Todos sabem que quando crianças, o mundo não tem limites. A inocência é a força que nos move, a descoberta é recompensa, mais pura e plena.

Ultimamente, mais precisamente há dois meses, vivo com sentimentos que se misturam de tal forma que é quase impossível descrever com palavras. Acho que se juntar todas as alegrias que tive nesses 22 anos de vida, não resumem o primeiro segundo em que vi meu filhote vindo ao mundo.

Meu pai sempre me dizia, quando brigava comigo ao chegar em casa tarde: “Quando você tiver o seu, você entenderá...”. Entender o que? Hoje provo de um sentimento parecido. Uma mistura de medo constante e felicidade plena da mesma forma que hoje sei que meu pai sentiu durante todos os 18 anos que ele acompanhou da minha vida

O medo talvez seja pela nova experiência. Todos nós temos medo do desconhecido, do incontrolável. É natural do ser humano. Eu sempre gostei de viver coisas novas. Mas mesmo assim ele persiste. E é aquele lado que te deixa em dúvida, do que é certo, do que é errado.

Mas ai chego em casa depois de um dia estressante. E ai a felicidade plena toma conta.

Esqueço o cansaço, os problemas, o mundo realmente fica da porta pra fora.

Como já disse no começo é impossível descrever em palavras, mas sugiro que imaginem todas as coisas boas que viveram, ou até viverão e multipliquem por 1.000 sobre a raiz quadrada de 10.000...acho que dá para ter uma idéia do exagero. :D

Saber que tem alguém depende de você é algo muito grande. Não me acho suficientemente adulto com apenas 22 anos, ao contrário. Mas talvez o mix de sentimentos aja a favor e eu consiga representar meu papel de pai, assim como o meu foi para mim.

Ao lembrar da expressão do meu pai, quando presenciava algo de bom que havia feito, era o melhor prêmio que eu poderia ganhar. E sim, espero ser metade do que ele foi para mim e meus irmãos.

É estranho perceber o quanto isso deixa as pessoas com medo, ter um filho.

Concordo, o mundo que vivemos está longe de ser um paraíso. Mas não somos nós que fazemos o nosso inferno? Diante disso, buscarei o meu céu. E tenho um grande motivo para isso.

Concordo o quanto é cansativo perder noites de sono, gastar rios de dinheiro, perder os cabelos de preocupação...mas talvez isso não seja nada comparado às alegrias que virão.

Talvez o tempo gasto compense no final. E nem que não esteja aqui para presenciar, tenho a certeza de que a minha vida começou pra valer no dia 13/04/2009 pois foi quando o meu sonho se realizou.

Creio que o nosso combustível são os sonhos. E de sonho em sonho, vivo a benção divina da paternidade. Talvez cedo demais, talvez não fosse a hora certa. Mas qual é a hora certa para sermos felizes?

Prefiro o arrependimento das coisas que não fiz.

Só peço forças e tempo para poder estar do lado dele quando precisar. E que ele esteja comigo quando eu precisar.

Ainda em tempo: o nome dele é Matheus, ariano nascido em Osasco.


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