11 de agosto de 2009

Mexendo na ferida

Infelizmente pela correria, e confesso que pela falta de interesse, me abstenho muitas e muitas vezes de toda a palhaçada que rola em Brasília. Alguns falsos puritanos podem vir dizer que isso é um absurdo. "Como um jovem, que é o "futuro" do país, não se interessa por um assunto de suma importância não só para o seu futuro como cidadão, mas de toda a nação."

Dias atrás me peguei falando com alguém sobre o Lula. Resumindo: chego a conclusão de que tudo o que aconteceu (e ainda vai acontecer) no governo dele, foi a comprovação de que é sempre necessário jogarmos o jogo. De forma bem direta é preciso entender que tudo o que os extremistas da esquerda reclamaram (e reclamam é tudo aquilo que reclamariam se qualquer outro cara do povo estivesse lá no poder.

A vidraça da vez é o Lula. E tudo vai ser culpa dele porque o sonho de ter "um dos nossos" no poder não é tão belo quanto imaginavam os que tanto lutaram no auge da ditadura.

É importante observar que as questões que envolvem o poder são muito mais complexas do que o simples discurso daqueles que nunca estarão lá.

Sou daqueles que não concorda com o altissímo salário de nossos excelentissímos. Tenho certeza (nem tanta assim) de os "do povo" que estão lá também não concordam. Mas o que é interessante levantar é que a nossa democracia é tão nova quanto esse que agora escreve.

Ela estará ai quando eu e você, e todos eles se forem. A esperança não é imediatista. Infelizmente não somos nós que viveremos nossos sonhos. Um país justo, com educação e emprego para todos é fruto de muita, mas muita discussão. Não sobre os altos soldos de nossos governantes mas sobre o que eu e você podemos fazer agora, enquanto ainda estamos aqui.

Esquecemos que o foco não é mudarmos os políticos. Eles só estão lá porque nós (sim, todos nós) os colocamos lá. Quantas vez você já foi na câmara dos vereadores? Você sabe o nome do senador que você voltou? Nem eu. É preciso cobra-los. E talvez nunca façamos isso.

É muito fácil meter o pau quando você sempre abre as pernas para o que te enfiam guela abaixo. O mais grave dos problemas sociais do Brasil é o tamanho da coluna de fofocas. Enquanto isso a sessão futuro da nação fica pra merda do cachorro...da vizinha porque você que ver a nova geladeira dela.

Conhecer a história, quem são nossos heróis esquecidos. Quem faz e quem não faz. Perca alguns minutos assistindo ao horário político. Ganhe quatro, cinco, oito, dez, vinte anos de vantagens. E quem sabe assim paramos de reclamar um pouco.
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