7 de outubro de 2010

Combustível

Salvador Dali - A Persistência da Memória

E amanhã começa tudo de novo
Novo ciclo, novos vícios, perdendo virtudes, ganhando rugas.
E amanhã começa tudo de novo.
Tudo do mesmo jeito, mas nunca do mesmo jeito que foi um dia.
 
Circulo em volta de mim mesmo e faço uma análise rápida.
Pé, cabeça, joelho e pé...saudade da minha infância.
Faço novas promessas que não vou cumprir.
Faço novos planos que nunca vou concluir.
 
E nessa análise prévia encontro em mim, nada mais daquilo.
Tudo diferente de quando era ingênuo, acreditava no futuro.
Nas fábulas e histórias contadas por aqueles que nunca lá estiveram.
Mas eu me permiti sempre acredito em tudo aquilo.
 
O único sentimento que me incomoda é a saudade.
Saudade daquele sorriso, saudade das palavras amigas.
Saudade dos domingos de Faustão, o tour pelo centro da cidade.
 
Saudade do tempo em que não tinha que me preocupar com o tempo.
 
Mas o tempo não é meu mano velho.
Sempre falta, sempre escapa, sempre maltrata
Rápido demais quando não temos pressa.
Já foi quando você está achando começar agora
Tortura sempre que é necessário pular uma década.
 
Mas o tempo talvez só seja o combustível.
 
Não corro mais contra ele, é impossível vencer.
Não brigo mais contra ele, é impossível vencer.
 
Me tornarei aliado de forma irrevogável.
E com quase 1/4 de década, concluo que é inevitável.
E amanhã começa tudo de novo.
Meu ano novo, meu ano velho, meu tempo.
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