15 de janeiro de 2014

Barulho de Chuva

E os raios iluminam a noite mais escura de todas
A chuva lava as ruas, refresca os próprios mortais que correm
A procura por abrigo incessante e que nunca cansa
Aqueles que se contentam com a simples cobertura de uma telha de zinco.

E o vento corta o rosto...é frio, gelado e sincero.
A chuva ainda cai sem dó daqueles que acreditam terem o que precisam
Um pobre guarda-chuva torto e sem jeito.
Pingos que invadem por todas as direções o "porto-seguro"
encontrado às pressas no brecho da Dona Jurema.

E a vida continua, ao descer do sossego do ônibus lotado.
A chuva arranca o sono que havia encontrado na janela lá do fundo.
E assim como os sonhos, desceram no ponto errado.
"Ei, cobrador...", desceram eles no ponto da frente e já te encontram em casa.
Vão ali na padaria comprar o pão para o café de amanhã.

E a noite parece mais escura que o de costume.
A chuva talvez ilumine um pouco o caminho, refletindo as luzes da cidade acessa.
Luzes que ofuscam a visão, talvez por isso tudo escuro.
Luzes que esperam serem encontradas pelos meninos e meninas perdidas
de uma geração sem amor no coração e o orgulho de serem o que não são de verdade.

E o barulho da chuva acalma o corpo agitado.
A chuva criar então lá fora, uma bela sinfonia onde a intensão é entorpecer
E fazer com que os pensamentos positivos se diluam pela cidade cinza
E fazer com que somente as coisas boas permaneçam intactas a violência da queda
dos pingos que atingem e atacam em cheio o que não serve mais.

E os raios iluminam, o vento refresca,
a vida continua, a noite vai embora
e o barulho da chuva, embala novos sonhos
em mais uma madrugada em que o sono
vai ser recompensa e descanso para as batalha de um novo mundo.
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